| "Segundo  os dados estatísticos dos primeiros 4 meses de abertura ao público, foram já  mais de 27 mil as pessoas que utilizaram a Biblioteca Municipal de Chaves , um número que representa  mais de metade da população do concelho e que dá uma média diária de cerca de  268 pessoas."Ver um filme, ouvir música, consultar a Internet, fazer trabalhos em computador e imprimi- -los são apenas algumas das coisas que podem ser feitas no novo equipamento, a par da simples leitura e consulta de livros, que caracterizavam as tradicionais bibliotecas. As novas funcionalidades, aliadas ao conforto do espaço parecem ter conquistado os flavienses.
 
 Nos primeiros dois meses, foi a Internet que cativou a maioria  dos utilizadores.  No entanto, a partir de Setembro , altura em que começaram as  aulas, o número dos que procuraram o espaço para estudar e consultar  bibliografia andou muito perto do número de utilizadores das novas tecnologias .    “A Internet não domina as atenções!”, assegura o responsável da Câmara Municipal  pelo espaço, António Ramos , apontando para os grupos de estudantes que ocupavam  as mesas com livros e cadernos.
 Realçando o “fluxo contínuo” de pessoas a  esta biblioteca em contraponto à antiga  (junto à Câmara Municipal), o director  do departamento da cultura da Câmara de Chaves acredita que a localização do  edifício é um “factor importante de atracção”. Mas não só. António Ramos realça  também a arquitectura do espaço. “O arquitecto foi muito feliz ao recuperar o  edifício. Este é um espaço que convida a entrar !”, afiança António Ramos,  lembrando que, por vezes, há pessoas que, mesmo que não pretendam utilizar  qualquer serviço disponível, não resistem e entram. O presidente da Câmara  de Chaves, João Batista , também se mostra surpreendido com os números. “Apesar  de sempre ter tido a ideia de que o espaço ia ser muito procurado pela  diversidade de serviços que oferece, os números superaram de longe as  expectativas ”, referiu o autarca, com o cartão de leitor número três. O  primeiro-ministro, José Sócrates, é detentor do cartão número um e a ministra da  Cultura, Isabel Pires de Lima, possui o número dois. Simbolicamente, foram lhes  entregues no dia da inauguração do espaço, no dia 15 de Julho. A Biblioteca  está dividida em secções. Na área reservada aos adultos, além de um espaço para  leitura de periódicos , em confortáveis cadeirões de couro preto, existe um  espaço para visionar filmes, ouvir música, fazer trabalhos em computador , que em  breve poderão também ser imprimidos, acesso à Internet e ainda um espaço  destinado à leitura propriamente dita. O piso superior, é dedicado à secção  infanto-juvenil , onde além de terem acesso a livros próprios para a sua idade,  os mais pequenos podem assistir a filmes e à dramatização de contos. Os dois  pisos inferiores à recepção, são destinados aos serviços técnicos e ainda ao  depósito do espólio literário.  É também ali que estão os livros mais antigos,  alguns dos quais manuscritos. Para evitar a sua degradação, este tipo de  compêndio é ali mesmo consultado. A sala de restauro artesanal dos livros   que se vão estragando com o manuseamento também é nesta secção. O Crime do Padre  Amaro, de Eça de Queiroz, por exemplo, era um dos que repousava sobre a mesa do  funcionário que leva a cabo a restauração. “Tive que lhe reforçar a capa!”,  explicava o artesão. A Biblioteca é ainda composta por umasala polivalente ,  onde têm vindo a ser realizadas váriasexposições . E onde têm também lugar  apresentações de livros.  " Fontes:
 texto: Jornal Regional - 29-12-006
 imagem da Biblioteca Municipal de Chaves
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